Iniciando suas apresentações públicas, a banda ilheense Infected Minds fez sua primeira aparição no recém-inaugurado Espaço Cultural Casa Aberta. Agitando a noite do último dia sete, amigos, admiradores e convidados lotaram o bar Lábia – instalado no primeiro piso da Casa Aberta, enquanto aguardavam a atuação do grupo.
A apresentação, que estava marcada para as vinte e uma horas, começou com alguns minutos de atraso, mas nada que comprometesse a tradição dos eventos musicais e o ânimo do público.
O palco estava discretamente decorado, a disposição dos músicos no palco estava boa, não houve imprevisto na parte técnica, todos os instrumentos estavam audíveis e até alguns fãs subiram no palco para fotografar e filmar. Enfim, tudo correu bem e de maneira prazerosa.
A história da banda se inicia em junho de 1999, em Ilhéus, quando os amigos Marcelo, Roberto e Wilfredo se reuniram para tocar suas canções preferidas, a maioria rock dos anos 90 e de bandas grunges. Depois de um tempo, surgiu a idéia de formarem uma banda, que logo foi completada por Vítor e Carlos. O que era só um hobby, no início, tomou corpo e teve seu repertório ampliado com canções de Alice in Chains, Nirvana e Pearl Jam, além de outras que não faziam parte da cena Grunge, como Beastie Boys e Black Sabbath. Passaram a chamar a banda de Infected Minds, mas com o fim das férias de verão e a mudança de alguns de seus membros para outras cidades, as atividades foram interrompidas. No início de 2008, os três amigos voltam a morar na mesma cidade e resolvem revitalizar o projeto, mas dessa vez acompanhados por Aloísio e Vítor. A nova formação gravou um CD demo, trouxe novas influências e produziu as primeiras composições próprias. Após vários ensaios para essa estréia no palco, a banda teve seu esforço recompensado diante da grande plateia e tem tudo para continuar nos surpreendendo, além de enriquecer a cena musical de Ilhéus.
Na mesma noite, consegui conversar com Wilfredo e lhe fazer algumas perguntas:
Em função de algumas influências, vocês se definem como uma banda grunge?
Sim, mas não como um movimento musical, no nosso caso específico significa um espaço de nossa ressonância para manifestar nossas angústias e dúvidas.
Qual foi a tua impressão sobre a apresentação?
Nervosa como toda estreia, mas gratificante pela resposta do público e pela confirmação da eficiência conquistada nos ensaios.
E quanto ao repertório?
Estamos satisfeitos, pois das dezesseis canções apresentadas sete são nossas e as demais de bandas que gostamos e nos inspiram, como Nirvana, Helmet, Alice in Chains e Beastie Boys.
Como a banda situa seu som no contexto da cultura baiana?
Entre “Novos Baianos F. C.” e “Better When You Love”, do Brincando de Deus, ou seja, influenciado tanto pelo Rock setentista quanto pelo Indie dos anos noventa.
A Infected Minds é composta por Wilfredo Lessa, vocal; Marcelo Santana, guitarra; Aloísio Soares, bateria; Vítor Barreto, baixo e Roberto Pazos, guitarra.
Matéria publicada no sítio Ilhéus Amado em 15/03/2009
Fotos de Amanda Maron